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Tranquilidade e Equilibro Mental

  • boravivermelhor
  • 28 de mai. de 2016
  • 7 min de leitura




Alissan Karine Martins, é enfermeira e trás nessa entrevista alguns aspectos que traduzem a tranquilidade com que trabalha no seu dia-a-dia.


Boravivermelhor: Conte-nos um pouco sobre seu dia-a-dia: Profissão, Família, outras atividades.


Alissan Karine: Bom, eu sou enfermeira trabalho aqui na Universidade Regional do Cariri - URCA no departamento de enfermagem. Assumo varias responsabilidades, onde leciono duas disciplinas Semiologia Semiotécnica e Saúde Coletiva. Assumo a posição de Coordenadora do curso de enfermagem. Desenvolvo dois projetos de pesquisa para investigar Padrão de Consumo de Álcool e Tabaco entre Escolares, são com cinco alunos do ensino médio e o outro com três alunos da graduação que são voluntários. Tenho um projeto de extensão que trabalha Círculos de Cultura com escolares no âmbito das drogas. E estou na Coordenação Institucional da Monitoria aqui da URCA.

Essas são algumas das missões que assumo fora isso, também sou aluna do curso de Educação Musical da Universidade Federal do Cariri - UFCA.

Sou filha, a filha mais velha de três que estão morando fora, hoje sou a única que mora com os meus pais. Tenho uma atividade bem ativa, na minha igreja que é a Primeira Igreja Batista de Crato, onde trabalho junto com o Ministério Tribal, que é a mocidade, e também no louvor. Então canto e toco no louvor da igreja, fora que sempre tem também atividades relacionadas, porém mais no final de semana.

Tenho minha família aqui, que inclui avô, avó que são idosos e que ai também requer da gente envolvimento, e de estar perto. De procurar ter afetividade e carinho. Que acredito é importante, e também faz parte desse Ser. Não só o Ser profissional. Mais Ser família, Ser neta, enfim dos papeis que a gente assume na vida.


Boravivermelhor: Como você concilia sua rotina diária na questão de tempo versus atividade?


Alissan Karine: Na realidade é um desafio, a gente acaba absorvendo um quantitativo de atividades, principalmente na universidade. Então enquanto dedicação exclusiva, a gente também acaba tendo essa responsabilização e nós mesmos nos cobramos para estar realmente inteiros aqui. No entanto a gente tem que estar também com olhar atento, por que a gente não é só profissional. Então acho que o tempo é questão de prioridade. De você delimitar prioridades.


"Mais a gente não pode esquecer o que é ser humano. Se não meu trabalho vai ser um peso. Estar com a família vai ser um peso."


Nesse momento qual a prioridade, dentro do contexto da família e do trabalho? Do estudo? Eu então quanto aluna. Então qual a prioridade que tenho dentro dessas responsabilidades? Particularmente acabo conseguindo esse tempo dentro das prioridades. Direcionando as atividades dentro do que é esperada, a faculdade, os compromissos que agente tem com a família, enquanto docente, é um desafio? É!

Em dado momento há algo que é urgente ou que precisa realmente de uma atenção focalizada. Por exemplo, agora a gente teve o congresso, então a prioridade dentro da minha vida de uma forma geral, foi dada para o congresso, para a gente conseguir obter êxito. Agora que saímos desse momento que foi mais especifico, as coisas estão começando a retornar ao normal. O tempo agora vai se ajustando. Mais a gente não pode esquecer o que é ser humano. Se não meu trabalho vai ser um peso. Estar com a família vai ser um peso. Então nunca vou aproveitar da melhor forma os espaços que estou ocupando. Nunca vou ter qualidade de vida naquilo que estou vivendo e usufruindo. Acho que é isso.

Você procurar priorizar direcionar essa atenção. Mais priorizar dentro de uma perspectiva prazerosa de você estar realmente ali dentro, e se sentir satisfeito, com tudo o que você desenvolve. Pra realmente valer a pena



Boravivermelhor: Você consegue convive bem com seus afazeres?


Alissan Karine: Sim, acho que se não conseguirmos ter essa convivência adequada, então chegará um momento que algo vai ser um peso. Esse trabalho que desenvolvo na igreja, é voluntário então se não houve prazer e uma identificação particular a gente perde o real sentido do que está fazendo.

Estou aqui como docente, como me vejo como docente? Como é a minha responsabilidade enquanto docente? O que estou fazendo pra conseguir atingir esse algo? Então estou lá na igreja, me vejo como alguém... As minhas ações tem um fundamento, está baseada em princípios cristãos e de que forma que isso que estou fazendo e desenvolvendo e que isso não só aquela história do ofertar mais também a gente recebe muito. Então é nessa perspectiva que a gente deve estar conciliando e reconhecendo, como isso me satisfaz e contribui individualmente/coletivamente.


"Uma pessoa tranquila... consegue ordenar os aspectos internos e externos, gerenciar adequadamente."


Boravivermelhor: Em sua opinião, como seria uma pessoa tranquila?


Alissan Karine: Uma pessoa tranquila a meu ver, ela consegue ordenar os aspectos internos e externos, gerenciar adequadamente. As demandas internas, interiores e subjetivas como também as demandas externas, que vem às vezes do estresse, das adversidades, das situações e circunstancias.

Ela consegue manejar de uma forma onde grande parte do tempo ou pelo menos a maior parte do tempo ela vai tentar manter-se esse equilíbrio. Claro que terá momentos onde ela não será eternamente tranquila, mais constantemente, e vai ter um momento que uma coisa ou outra vai pesar, mais ela consegue dar conta de segurar essa bandeja desse equilíbrio, entre as demandas externas e internas.

Esse equilibro vai gerando um amadurecimento, que repercute no cenário em que ela está incluída, individualmente mais também tem o ganho coletivo. Essa tranquilidade é importante para que outras pessoas sejam contagiadas ou impactadas por essa ação dela, por essa mobilização dela.


"Dentro disso tudo, acho que me apego muito a isso: Na vida o que realmente e vale a pena? É o Ter ou o Ser?"


Boravivermelhor: Você acredita que é possível um individuo com muitos compromissos diários, manter-se tranquilo?


Alissan Karine: É um desafio. Por que cada dia mais existe uma pressão muito grande, em termos de produção. Principalmente no meio acadêmico.

A gente enquanto docente, cobra do aluno, e o aluno não entende ou então às vezes não fica tão claro, que as demandas que são exigidas pelo professor ou são solicitadas pelo professor, nada mais é do que vinda de outra demanda de cobrança.

E de que forma você vai acionar as pessoas ou dispositivos para poder estar no equilibro? É desafiador! Por que cada dia mais, particularmente a mulher, tem sido exigida que ela seja uma boa profissional e competente. Caso seja casada, tem que ser uma boa esposa, uma boa mãe, e ainda tem que ter cuidado com o corpo. Também está incorporado essa questão da qualidade de vida, de você se sentir bem, de estar bem, de estar bonita, e se sentir feliz e satisfeita com isso. É um desafio.

Dentro de isso tudo, acho que me apego muito a isso: Na vida o que realmente e vale a

pena? É o Ter ou o Ser?


Então a partir do olhar, do foco que temos, vamos vendo e priorizando. Será que é melhor ter algo material, ou ser uma pessoa ética? Ser uma pessoa que tem uma família que constroem laços de amizades saudáveis? Que seja temente e fiel a Deus?

Quando se prioriza o ter, essa vontade de ter nunca finda, a sede do ter nunca se esgota. O Ser não, cada dia mais, você vai passando por um processo de alto conhecimento, e você começa a se surpreender.


Que espaço você tem alcançado? Que relacionamentos você tem tecido? E de que forma que você oferece ao mesmo tempo você recebe? Eu escolho ou priorizo o Ser.


"Então a primeira grande base que tenho fonte da minha tranquilidade, é descansar Nele é ter paz Nele, em Deus."


Boravivermelhor: Diante de sua rotina, como você procura manter-se tranquila?


Alissan Karine: Bom assim, a minha grande fonte de tranquilidade que é prioritária, é a fé em Deus. Por mais que eu veja as circunstancias adversas e os desafios enormes, sei que tenho uma fé, procuro alimentar essa fé, creio em um Deus, que Ele está à frente de tudo. Então por mais que os meus planos, e os meus desejos, eles até possam ser grandiosos aos meus próprios olhos. Por mais que os meus passos talvez não enxerguem o futuro, ou afrente se for da vontade Dele, Ele vai permitir que as coisas aconteçam então acho que é esse viver pela fé. Olhar e ver as circunstancias, e saber que não sou eu quem administro o meu tempo e a minha vida, mais colocar que Ele é quem está à frente de tudo. Então a primeira grande base que tenho fonte da minha tranquilidade, é descansar Nele é ter paz Nele, em Deus. Outra fonte de tranquilidade que tenho, diante das adversidades, é a minha base familiar. Uma família que sempre me apoiou em todas as minhas decisões, tudo que faço compartilho tudo com eles. Então sobre o congresso todo mundo tá sabendo, todo mundo tá torcendo. Todo mundo tá acompanhando. Eu realmente conto com uma rede. Uma família realmente que me dá e transmite essa tranquilidade. Outra fonte de tranquilidade são meus amigos, os amigos que praticamente são uma extensão da minha família, são aqueles que torcem por mim, que me escutam em um momento de apreensão ou turbulência. Então acho que são algumas das fontes, e até a musica.




Vejo que tudo isso são veículos e instrumentos que Ele me concede. Por isso que digo que a grande base é Deus. E a musica me inspira, me dá a dimensão da subjetividade, da criatividade. É importante a gente conviver não só no objetivo, mais também dar também vazão ao subjetivo. Pelo menos é nisso que busco a tranquilidade. O que me falta ainda incorporar dentro da minha vida é a pratica de atividade física. Ainda não encontrei a historia do tempo e da prioridade necessária, pra poder estar me mantendo ativa, sei que é muito importante como profissional de saúde. Em algum momento a gente vai começar a precisar a fazer algo, mais estou tentando gerenciar esse tempo pra poder incorporar isso. É também uma importante fonte de suporte, para que possamos estar tranquila. Descarregando a questão do estresse. É também uma estratégia interessante que ainda não consegui.



"Eu realmente conto com uma rede. Uma família que realmente me dá e transmite essa tranquilidade."

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